Não concebo a ideia de que um político é melhor ou pior por ter ou por não ter uma licenciatura. Aliás, há por aí muitos analfabetos encartados - alguns deles até com vários cursos e diplomas, dos verdadeiros e dos feitos em tempo útil e real - e não consta que isso lhes dê algum género de capacidade excepcional. O problema não está, portanto, no “ter” ou “não ter” curso. Está no modo como se “obtém” esse curso e depois no modo como se “utiliza” esse curso em benefício próprio. E nesse aspecto essencial, não há no caso Relvas (como já não havia no caso Sócrates) nenhuma volta a dar.