A greve dos pilotos da TAP revela porque é urgente privatizar a empresa. Com prejuízos acumulados de largas centenas e com gente instalada só à procura de regalias e de exigências inconcebíveis, ainda mais num país de tesos, a TAP é o corolário da pobreza franciscana em que se transformou o mundo do vulgar indígena, sujeito aos ditames de um grupinho de mimados cujo único objectivo se centra no seu umbigo e bem-estar.
Da minha parte, não dou para estes peditórios que, aliás, abomino com visível satisfação e desprezo. Os prejuízos previstos (da ordem de umas dezenas de milhões, sem contar com aquilo que não é mensurável) e a revolta dos restantes trabalhadores (naturalmente preocupados com o seu futuro) são também a prova de que já ninguém suporta esta admirável artimanha em que uns prejudicam todos os outros sem qualquer decoro ou remorso. E se a greve destapa, por um lado, a careca dos oportunistas de ocasião cujo único intuito é obter uma fatia grande do bolo à custa dos restantes, ela mostra também, por outro lado, o início do fim de uma era que não deixará saudades.
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