A realidade paralela mantém-se no ar. O engenheiro coloca o governo a palmilhar milhares de quilómetros para mostrar o ar e o vento das suas gloriosas obras.
Estranha-se o motivo de tanta agitação. No fundo, o que ali se demonstra é frequentemente a evidência do nosso falhanço colectivo enquanto povo que se deixou enganar pelo mais perigoso dos políticos contemporâneos. Bem se pode propagandear os feitos e enaltecer as políticas. Chegamos ao que chegamos não por obra de um acaso, mas consequência de uma estratégia sem qualquer propósito que não fosse manter em suspenso um país que não existia e um ar digno de se meter num caixote de lixo.
É redutor pensar-se que os membros do governo não dão pela diferença. Ou que não sentem a diferença. Na verdade, em nome da lealdade ao chefe eles aceitam a triste figura porque se forem corridos dali irão certamente para muito pior. E o tempo não está para facilidades.
No próximo dia 5 de Maio o que está em causa não é apenas uma simples escolha de governo. Está em causa, também, e mais do que tudo, a nossa dignidade, o nosso orgulho e a nossa sobrevivência enquanto povo. Escolher mal é não aprender absolutamente nada e aceitar que merecemos o nosso triste destino.
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