Portugal despertou hoje ao som das palavras do Presidente, que ontem lá lançou a ladainha do costume no seu discurso de Ano Novo. Os partidos políticos obviamente separaram as águas: a esquerda, na oposição, criticou-o; a direita, no governo, concordou com ele, num exemplar modelo do estado a que isto chegou. Eu, olhando para aquela leitura pouco eloquente, pelejada de inúmeros lugares comuns e onde nenhuma ideia nova ganhou vida, fiquei convencido apenas de que o Dr. Cavaco deve ter aterrado entre ontem e anteontem num país que não conhecia tal a forma em como persistentemente sacode a água do seu capote e nos brinda como uma banalidade discursiva confrangedora. Para que serve o Dr. Cavaco neste regime já quase decrépito, continua a ser para mim, um enigma sem solução.
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