Rapaziada em idade para não ter ainda juízo, andou à bofetada e ao murro numa escola. O momento, captado por uma câmara de telemóvel e que mostra duas raparigas a bater num rapaz, corre por aí à velocidade da net e dessa singular nova capacidade humana de partilhar e exponenciar a “desgraça” alheia.
Não percebi ainda muito bem o drama, a não ser aquela parte que me esclarece exemplarmente sobre o modo como certas teorias pré-concebidas acerca do “bom selvagem”, caem rapidamente por terra, e sem grandes contemplações, ao mínimo abano.
E porquê? Porque qualquer um de nós sabe que sempre houve agressões entre alunos nas escolas. A única diferença que se nota entre o ontem (no meu tempo e noutros tempos) e o hoje (este tempo) é que, ontem, poucos viam, mas todos sabiam; e, hoje, todos vêem, mas fingem que não imaginavam.
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