Terça-feira, 15 de Dezembro de 2015

socrates2.jpg

1- Quem assistiu à narrativa teve a plena convicção de que Sócrates estava muito bem preparado e que utilizou com mestria os seus principais argumentos.

2- Foi evidente que quem saiu da entrevista mais beliscado é a Procuradoria Geral da República, sob a figura de Joana Marques Vidal, por tudo o que Sócrates afirmou e confrontou. Convém referir, no entanto, que a entrevista praticamente não teve contraditório.

3- Já se percebeu que a acusação, depois de um início auspicioso, está a cometer erros que beneficiam o suposto infractor. Sócrates dedicou-se com afinco a desmontar as principais acusações de que é alvo e conseguiu, por essa forma, atingir os seus objectivos: gerar dúvidas razoáveis sob o processo, descredibilizar os actores do processo e colocar-se como potencial vítima de uma maquinação (ou de um “ódio pessoal”, como ele próprio afirmou) que não teve pudor em usar a própria família (“o meu filho e a minha ex-mulher”) para um ataque. Aliás, Sócrates “regressou” para se defender e para proteger a família.

4- Notou-se também que Sócrates esperava um apoio declarado do PS, e que fosse além das dezenas de figuras que o visitaram em Évora. Costa, talvez para contentá-lo, colocou socráticos em ministérios e em secretarias de estado, mas resta saber se isso será suficiente para Sócrates perdoar a desfeita.

5- O “animal feroz” é uma máquina de propaganda poderosa que no seu ambiente causa mossa, muita mossa. E saiu vencedor por KO nesta primeira parte da contenda (a segunda chega-nos hoje) em que se esperava mais luta do entrevistador e menos rédea solta do entrevistado.

6- Como ontem vaticinei, isto não vai dar em nada e as suspeitas não deixarão de ser isso mesmo: suspeitas que se lavarão com o sacudir de responsabilidades ou com mentiras vestidas de verdade. Que nos sirva pelo menos para pensar no regime que temos e na justiça que queremos.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 12:01 | link do post | comentar

Publius Cornelius Tacitus
To ravage, to slaughter, to usurp under false titles, they call empire; and where they made a desert, they call it peace.
Outubro 2017
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9
10
11
12
13
14

15
17
18
19
20
21

22
23
24
25
26
27
28

29
30
31


posts recentes

Os incêndios que matam pe...

A síndrome socialista

Soltar os cães

Um argumento

Regressando

Um papel

A cartilha

Prometeu

Um ou dois milagres

Uma nomeação

arquivos

Outubro 2017

Junho 2017

Março 2017

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Maio 2015

Abril 2015

Setembro 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

tags

anáfora

antonomásia

benevolentes

blanchett

bloco

cate

charme

dench

djisselbloem

eufemismo

eurogrupo

guerra

gwyneth

helen

jonathan

judi

littell

metáfora

mirren

paltrow

perífrase

porto

prosopeia

renda

sela

socialismo

twitter

ward

todas as tags

links
blogs SAPO
subscrever feeds