O Dr. Soares, que se recusa reformar-se da política e do activismo político, continua em acelerado processo de degradação, distribuindo artigos de opinião e entrevistas onde constata ter apanhado um vírus que não tem antídoto. Sempre gostei do Dr. Soares e do que ele representou, num período decisivo da nossa história recente. Aliás, penso não ter havido político, neste país, tão engenhoso e capaz e quando li a sua autobiografia fiquei rendido à sua prosa e ao modo como soube movimentar-se nos bastidores da alta política, conseguindo os seus objectivos que eram também os “nossos” objectivos. Foram tempos gloriosos. Mas agora, com o passar dos anos e depois de umas aventuras menos conseguidas, o Dr. Soares projecta sobre si a intolerância e um espírito revolucionário muito próximo do Dr. Louçã e daquela gente que é tudo menos democrática. Dá-me pena vê-lo assim.
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