O circo político vive do dislate incompreensível à maioria dos comuns mortais que não entende certas atitudes e muito menos a gritaria instituída. Este exercício, aparentemente duro mas igualmente infantil, é o predicado que orienta uma mente pequenina que quer estar no barco e ao mesmo tempo não estar no barco, consoante a forma da borrasca ou a dimensão da onda. Esta inútil metamorfose política, ou este festival de androginia se preferirem, torna clara a impreparação para lidar com o mundo dos adultos, recusando-se sair do quarto das crianças onde vive. Por certo, o Dr. João Almeida, outrora presidente do Belenenses (que rapidamente largou mal vieram as eleições antecipadas) podia fazer diferente: em vez de gritar que é contra, que foi contra, que não quer, que não aceita, podia simplesmente ir-se embora, bater com a porta e assumir o papel de um “adulto”, coisa que não lhe ficaria mal. A vida, para felicidade (ou será infelicidade?) nossa, ainda tem muito que ensinar a estes “meninos” obcecados com a imagem, obstinados com a sobrevivência e tresloucados com o ruído popular e popularucho onde adoram passar pelo papel de Peter Pan. E então a política, essa, ainda vai ensinar mais. Ora se vai.
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