Para ajudar a abafar os falhanços sucessivos da governação, nada como aparecer vindo do além, um morto ressuscitado que fará a vez na televisão pública do Estado onde, garantem-me, já terá espaço para perorar sobre a nobre arte de deixar um país na miséria em 25 minutos semanais. Contudo, hoje ele começa com uma simples entrevista onde magnanimamente iniciará a sua tentativa de lavar uma imagem que desconfio seja demasiado nodosa para ter solução.
Não descortino o que gente do passado, tem para dizer sobre o presente ou sobre o presente que é consequência desse passado em que teve participação activa, ainda por cima, não por bons motivos. Mas depois da entrevista, virão as entrevistas à entrevista, onde a banalidade tomará conta da televisão e os comentadeiros de serviço se dividirão salomonicamente entre o apoio e a rejeição. Nós, infelizmente, conseguimos ser sempre tão politicamente correctos, que os comportamentos são tão previsíveis quanto assustadores. Um bom dia para não estar em casa, portanto.
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