Quinta-feira, 30 de Junho de 2011

Há que entender que a legitimidade existe e que a base de apoio é suficientemente forte para aguentar qualquer refrega inesperada. É por isso que não se pode ceder nas ideias e no rumo traçado e que propõe aos portugueses sair desta malfazeja crise cuja principal origem é a nossa debilidade estrutural aliada à conjuntura externa extremamente adversa. Porque se o governo se agachar uma única vez que seja, cedendo nas suas ideias e nos seus princípios políticos, abrirá um flanco apetitoso que será invariavelmente explorado até à exaustão pelos seus adversários. E quando a rua gritar, dentro de um certo civismo, há que aguentar a má publicidade e os prenúncios de uma certa revolta. Ou, então, cedo descobriremos que não viemos, que não estamos aqui a fazer nada.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 11:46 | link do post | comentar

Depois da saída do engenheiro alguém tem de se prestar ao papel de continuar a viver numa dimensão paralela que alimente uma visão alternativa das coisas. Mas rejeitados pelo eleitorado, alguns ainda não entenderam o problema que à nossa frente se estende e o dramatismo que nos envolve devido a um imobilismo que nos toldou os movimentos e os sentidos e às historietas que nos trouxeram à beira deste enorme abismo. Não se pode perder mais tempo, nem o latim sequer, depois de o termos ingloriamente esbanjado ao longo destes últimos anos. Com diria Schumpeter alguns políticos são como maus cavaleiros que vivem tão obcecados em se manter apenas em cima da sela que não se podem preocupar com a direcção que seguem. Destes andamos todos naturalmente fartos.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 10:50 | link do post | comentar

Um drama que espelha bem a modorra que por aí grassa. Sem notícias de interesse, releva-se o irrelevante. Santa paciência.



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Terça-feira, 28 de Junho de 2011

Porque o Inverno está mesmo a chegar.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 15:19 | link do post | comentar

 

Já estreou nos EUA e tem já previsto a segunda série para 2012. As Crónicas do Gelo e do Fogo, de George R. R. Martin chegam finalmente à televisão sob a chancela da HBO, produtora de excelência. Uma monumental epopeia livresca que em Portugal, pela mão da Saída de Emergência, conta já com os oito primeiros volumes traduzidos. Grande leitura. Esperemos que devidamente acompanhada por grandes momentos televisivos.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 15:10 | link do post | comentar

Há por aí uma certa gente que não se sente nem se toca. Vive do comentário e da mediatização que explora como poucos. Mas bem faço eu que nunca perco muito tempo com semelhante exercício de vaidade feito e idealizado para prejudicar quem não lhe interessa e enaltecer os seus próprios feitios pessoais, promovendo-se. As agendas pessoais nunca libertaram o país desta modorra instalada. Como o exemplo em epígrafe, aliás, extraordinariamente demonstra.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 12:15 | link do post | comentar

Não são 25, são 35. Finalmente alguém percebeu que um governo funcional pouco tem que ver com a sua composição ou com o número de pessoas que ocupam as respectivas cadeiras. O importante é a função do governo ou aquilo que cada um se propõe fazer com competência, determinação, eficácia e eficiência. Só assim não se mergulha em excessos de atribuições desnecessárias e contraproducentes. Boa sorte. Bem vamos todos precisar dela.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 12:08 | link do post | comentar

Regressando. Lentamente, mas regressando.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 12:06 | link do post | comentar

Quarta-feira, 22 de Junho de 2011

Vi a notícia da tomada de posse do novo governo no telejornal de ontem à noite da SIC. Naturalmente que num dia destes a importância da notícia só por si não pareceu suficiente para algum jornalismo mais habituado a falar de minudências sem qualquer sentido do que da importância simbólica do momento para o nosso futuro colectivo. Vai daí toca a encontrar motivos de reportagem dignos do nosso atraso civilizacional. Foi a mota do Mota Soares, foi o marido da Cristas, foram os amigos da mulher do "Pedro", foram os carros em que chegaram os antigos ministros, foram os carros em que partiram os novos ministros, foi o que vai ser dos antigos motoristas, foram os convidados vindos não sei de onde e etc., etc., etc. A imaginação indígena sempre foi um insondável mistério.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 11:30 | link do post | comentar

A fuga foi omitida como se ela não tivesse tido influência directa no panorama global a que se chegou. Há então uma estonteante falta de memória e uma tentativa indecorosa de tentar reescrever uma história que terminou no lamentável estado que se conhece. Deste lado sempre ouvi dizer que os ausentes nunca têm razão, motivo que deveria levar o Dr. Barroso a dedicar-se ao que sabe e a deixar de se meter nos assuntos indígenas. Por dois motivos essenciais: primeiro, para não ser acusado de ser juíz em causa própria e, segundo, para não correr o triste risco de ser deselegante. Certos comentários eram perfeitamente desnecessários.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 11:25 | link do post | comentar

Terça-feira, 21 de Junho de 2011

 

As notícias que nos complicam a vida são estas. É isto essencialmente que temos de mudar para que a nossa sobrevivência faça sentido para além do esforço medonho que vamos ter de fazer. O novo ministro da economia ao longo de algum tempo andou a explicar isto mesmo no seu blogue, um instrumento que é uma verdadeira lufada de ar fresco para quem quer entender um pouco mais de economia portuguesa. Como sempre, somos peritos em identificar correctamente os sintomas, os nossos males e até as curas para as maleitas. Resta saber se é desta que deixamos de vez as recaídas.

 

Nota: imagem tirada daqui.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 15:01 | link do post | comentar

As notícias sobre o fantástico mundo da bola levam-me a pensar que a decisão tomada no mês passado foi das coisas mais inteligentes que fiz. De facto, desligar-me deste desporto de treta cujo único intuito passa por vender-se em regime de contrato a termo certo a quem der mais, não me seduz nem me atrai. Andava mesmo farto deste absurdo: farto de joguinhos, farto de casos, farto de mediocridade, farto de bazófia, farto dos Jesus e dos Pintos da Costa, farto dos amores à camisola que não duram duas horas, farto de gente que compra o que quer aos preços pedidos. Da minha parte, de lá para cá, não contam. E sinto-me incrivelmente bem.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 12:23 | link do post | comentar

A não eleição de Nobre já fez “estalar” o verniz em alguns jornais como se este acontecimento político contasse para alguma coisa na tarefa imensa que a todos espera. Fala-se também de derrota pessoal e política de Pedro Passos Coelho por este ter decidido manter o candidato, sabendo de antemão o destino que o aguardaria. Pobre país, este, em que manter a palavra dada é um dado exótico digno de figurar em alguma antologia de asneira. Que todos os políticos tivessem hombridade suficiente, ou igual à de Pedro Passos Coelho, para manter uma promessa baseada numa convicção. Podia ser que não andássemos a chafurdar tanto nesta lama. Nem fartos destas noticiazinhas feitas para encher chouriço.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 10:12 | link do post | comentar

Segunda-feira, 20 de Junho de 2011

O Bento, o Catroga, o Rangel e o Sevinate são irrelevantes. Contam os que estão e os que ficam. E contam os que se predispõem fazer qualquer coisa de útil e de positivo pelo país, sem olhar exclusivamente para o seu umbigo. Do resto, não ficará história porque a história não se ocupa dos que não disseram presente. Aqui fica o desejo de bom trabalho. E de boa sorte, porque esta tem de proteger os audazes.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 15:52 | link do post | comentar

Quinta-feira, 16 de Junho de 2011

Para que se entenda as consequências da revolução biotecnológica à solta nos complexos laboratórios construídos em nome do conhecimento e do desenvolvimento científico. Num tempo em que só as boas intenções vêm ao de cima, num tempo em que apenas as milagrosas possibilidades são reveladas, há fronteiras que convém com urgência definir. E convém definir para que não se entre num evidente vazio legislativo ou numa terra de ninguém, em que tudo será permitido em nome da ciência, da ambição dos homens ou do saco sem fundo dos que procuram a imortalidade do corpo e não da alma.

Brincar aos deuses nos laboratórios não é um sonho de agora. Mas é assim que tudo parece agora recomeçar: primeiro um simples gene, depois a simples erradicação de uma doença, depois a selecção do sexo, depois a cor do cabelo e quando dermos por nós, já teremos bebés inteiramente desenhados por encomenda.

Este livrinho, polémico como poucos, mas extraordinariamente simples na argumentação e pontos de vista, é escrito por um dos grandes pensadores da actualidade. Já com alguns anos, não muitos, uma leitura inteira de tirar o fôlego e de nos deixar extasiados.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 16:28 | link do post | comentar

Se Nobre é, ou não é, solução para a presidência da AR é questão de somenos importância no actual quadro político e económico. Entende-se que se queira começar a espetar lanças em África com o intuito de tentar dividir aquilo que ainda mal arrancou. Vale o aparente sentido de estado dos actuais protagonistas porque nada perdemos em esperar para ver. E se Nobre acabar mesmo por ser carta fora do baralho, há no PSD outras figuras capazes de exercer plenamente tão alto cargo político. Guilherme Silva, quanto a mim a melhor solução, é seguramente um deles. Mas outros com toda a certeza também existirão.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 15:46 | link do post | comentar

No dia em que começamos a conhecer o novo governo, a tensão acumulada não parece dar ideia de querer diminuir. Pasme-se o modo peremptório como um possível líder do PS veio negar qualquer possibilidade de entendimento constitucional quando o lixo acumulado já nos dá pelo pescoço e os nossos problemas definham sem solução imediata. Um governo novo vale pela novidade e pela capacidade de motivar. Mas sem os instrumentos adequados de pouco ou nada servirá a não ser para retalhar e fazer pequenos curativos. O momento é doloroso. Não só na nossa dignidade evidentemente ferida como também pela falência do nosso imaginário colectivo que ruiu com a chegada da realidade. Olhamos hoje, por exemplo, para o nosso vizinho enebriado por uma crise de emprego sem precedentes ou, para um pouco mais longe, para as terras gregas a saque pelos deuses dos mercados e pelos especuladores, com a estranha sensação de que podemos ser os próximos. O momento não podia ser pior. Mas ou imediatamente assumimos ao que viemos e o que nos propomos fazer, ou daqui a uns tempos de pouco adiantará gritar contra o mundo.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 15:28 | link do post | comentar

Segunda-feira, 13 de Junho de 2011

Hoje, a não perder, pelas 22h no FX o grande final da terceira série de Sons of Anarchy.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 15:55 | link do post | comentar

 

Nucky Thompson: "In less than two hours liquor will be declared illegal by decree of the distinguished gentlemen of our Congress. To that beautiful ignorant bastards."

 

Sente-se, nestes tempos estranhos, uma brutal perseguição aos políticos baseada nas ideias fáceis que querem fazer deles os únicos culpados e bodes expiatórios da situação. Ou seja, ficamos com a ideia de que entramos numa espécie de populismo ao contrário: um populismo não utilizado a favor dos políticos, mas utilizado contra os políticos. Não deixa de ser admirável esta mudança de padrão consagrada por alguma dessa elite intelectual que hoje em dia é convidada para falar sobre o que sabe e sobre o que não sabe e que, simultaneamente, se torna popular junto de algumas camadas populacionais (porque lhes dá uma voz) mas esquece o seu papel na tragédia em exercício. Convém ter cuidado porque certas caçadas apenas pretendem fazer das supostas vítimas novos e presumíveis carrascos e há por aí demasiada gente a pregar a liberdade e a libertação face aos políticos que não sabe do que fala. Mas quando a água já vai pelo pescoço, convém que os políticos não baixem mais a cabeça. Fica o aviso.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 15:44 | link do post | comentar

Há uma nova potência a emergir no tabuleiro político e económico mundial. A Turquia devia ser, cada vez mais, um parceiro decisivo nesta Europa sintomaticamente perdida na irrelevância dos seus pares ou das suas somas. O Dr. Barroso bem pode andar entusiasmado com coisinhas mínimas, mas olhar para o lado e ver esta grandiosa Turquia de Erdogan é manifestamente uma política melhor, se entendermos conscientemente que eles podem de facto ser um de nós. Um gigante adormecido é um gigante adormecido. Quando ele despertar é melhor que ele esteja dentro, a contribuir, do que fora, a prejudicar. Há momentos que é bom aprender alguma coisa com a história. Nem é preciso ir muito longe.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 11:03 | link do post | comentar

Publius Cornelius Tacitus
To ravage, to slaughter, to usurp under false titles, they call empire; and where they made a desert, they call it peace.
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