Quinta-feira, 31 de Janeiro de 2013

As ameaças veladas não levam a lado nenhum. A coisa tem de se reestruturar porque custa dinheiro e porque os contribuintes, se é para mantê-la, assim o exigem. Quanto ao resto, não há excepções e muito menos tratamentos privilegiados. A crise e o ajustamento chegaram a todo o lado e impõem novas leis, incluindo no dito serviço público, que mesmo sendo coisa de difícil acepção e definição, não pode viver como se o dinheiro fosse infinito e as preocupações somente dos outros. Alguns já meteram isso na cabeça; outros parece que ainda não.



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Sexta-feira, 18 de Janeiro de 2013

Armstrong caiu? Sim, ainda que não da bicicleta. Foi uma desilusão? Claro. Não podia ser de outra forma. O ciclismo recuperará? Não sei. Ele assumiu os seus erros? Parece-me que sim. Foi sincero? Também julgo que sim. Vai pagar por esses mesmos erros? Já começou a pagá-los e a procissão ainda vai no adro. Merece perdão? Se falarmos do ser humano, é claro que sim. Se falarmos do desportista, é claro que não. O mundo acabou? Não, não acabou. Que conclusões tiras de tudo isto? Que descer ao inferno é bem mais fácil do que subir os Pirinéus.



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Quinta-feira, 17 de Janeiro de 2013

O Estado tem um problema com bares, restaurantes, cabeleireiros e oficinas. Para tentar resolver esse problema, propôs-me que eu espalhasse o meu nome e o meu contribuinte pelos sítios que frequento (não me garantindo absolutamente nada sobre a protecção dos meus dados, por exemplo). Como benefício desta intromissão na minha privacidade (saber onde ando e como gasto o meu dinheiro) dá-me uns sinceros, e máximos, 250€, se eu gastar uns míseros 20 mil e muita gente ficar a conhecer o meu nome e o meu contribuinte, e resolve, como corolário, este seu problema.
Como bom liberal que sou, desconfio sempre da boa vontade do Estado quando quer saber mais do que deve – sobre os cidadãos – porque sabe menos do que devia – sobre os bares, restaurantes, oficinas e cabeleireiros. Não gostando da proposta, por motivos evidentes, resta-me dizer ao Estado que se tem um problema com os segundos que o trate de resolver sem violar a liberdade dos primeiros. Da minha parte, certos momentos da minha privacidade não têm preço e não são da conta de ninguém. E se o Estado ainda não percebeu isso, então tem mais um problema por resolver.



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Quarta-feira, 16 de Janeiro de 2013

 

Hobbes defendia que o homem, no seu estado primitivo, era um animal irrequieto e acossado, que tinha como único propósito sobreviver. Neste seu estado primitivo, antes de qualquer processo de socialização, a vida do homem era solitária, curta e, claro, violenta. “O homem é o lobo do homem”, escreveu ele. Para resolver esta necessidade, os homens estabeleceram, então, um contrato entre si, transferindo o exercício da violência, e da autoridade, para um único singular. Esse singular, ou soberano se preferirmos, representa o Estado, o Leviatã, que se traveste de deus terreno. É o Estado, corporizado pelo soberano, que monopoliza a violência e que se torna absoluto, estando acima da moral e dos próprios pontos de vista em confronto. A história ensinou-nos bem o perigo desta concepção. Mas ao debruçar-se sobre a Guerra Civil Inglesa, um conflito religioso, a coisa fazia sentido. No fundo, Hobbes viu que a radicalização religiosa colocava a moral apenas num dos lados. Isto significava que o lado que sobrava, o lado que não conseguia ter a “razão” fosse porque motivo fosse, estava imbuído de imoralidade, o que apenas servia para marginalizá-lo. Este problema é ultrapassado com a separação entre o Estado e a religião, tornando o primeiro o árbitro dos conflitos e garante da paz, e a segunda um problema íntimo, individual. Contudo, note-se que esta visão despe o Estado de quaisquer preceitos morais ou de valores fundamentais, o que abre uma caixa de Pandora. Num limite, o Estado decide e lidera descartado de qualquer valor moral. Será possível um Estado totalmente despido de moralidade? Ou será a amoralidade uma moral em si? Hoje olhando para o inferno burocrático que nos rodeia, para as mil e uma leis que nos querem educar e formatar, à força e/ou por exclusão, e para o Big Brother que, paulatina e diariamente, nos controla, tenho a certeza quase absoluta que esse Estado está, novamente, mais próximo do que julgamos.



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Terça-feira, 15 de Janeiro de 2013

A necessidade mediática impõe aos umbigos de certa gente o comentário a factos de forma quase permanente. Curiosamente, alguns desses factos (continuarão a ser factos?) não têm qualquer fundamento, porque não passam de previsões de entidades (que às vezes eles contestam, noutras exaltam) que lançando números, vêem logo esses números serem usados e abusados conforme a perspectiva do oportunista. Certos de que daqui não sairemos nunca, um corolário óbvio para décadas de imobilismo, os portugueses levam diariamente com esta dose de excitação indisfarçável que esconde a inevitável falência do sistema político português. Quem ouve o Dr. Seguro perorar sobre "Portugal" e percebe o que ele representa, sabe que aquela cabeça é não só irrelevante como também o indício manifesto do vazio da alternativa, que ele, ajudando, e como se atesta, faz questão de diariamente comprovar.



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Já são demasiados casos por esclarecer. Este é apenas mais um exemplo, igual a este, a este ou a este, que já tem barbas. A cadência deste género de notícias consolida uma imagem negativa que também é um caso exemplar das relações perigosas em que o mundo da alta finança se move e onde alguns se julgam impunes na protecção conferida pela política e pela posição social. Não é só o caso das persistentes suspeitas que envolvem gente que temos como séria, mas que muitas vezes não parece nada séria, como também a imperiosa desfaçatez com que essas mesmas relações perigosas sedimentam percursos e alimentam apetites, gorando atingir as suas intenções. Há um debate muito sério sobre a justiça que precisa de ser travado na sociedade portuguesa. Porque casos como estes que são de quando em vez revelados, merecem atenção e rapidez na sua investigação, para não deixarem no ar as eternas suspeitas de um modo de agir e que, perante os meandros da burocrática justiça, há uns que são filhos e outros que são enteados.

 

Num tempo onde só se pedem sacrifícios, em que os portugueses sofrem na pele as agruras do “ajustamento”, onde se injecta dinheiro sem fim para devolver credibilidade e liquidez aos bancos e muitos negócios, no fundo, continuam a ser feitos às claras com ministros ou oportunistas de ocasião, e já sem grande decoro, certas coisas não podem continuar iguais porque isto não é, ainda, o vale tudo. A coragem política revela-se não apenas quando nos propomos mudar o que precisa ser mudado, mas também quando nos propomos acabar com os processos pouco claros e com os vícios instalados que fazem muitos julgar que a vida só é complicada para o comum dos mortais.



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Segunda-feira, 14 de Janeiro de 2013

O país está a demonstrar que não quer, nem está interessado em discutir, o que é decisivo e relevante para si. Contudo, a avaliar pela quantidade de críticos que vieram “atirar pedra” desde quinta-feira passada sobre a reforma do Estado (que deram por adquirida nos termos e nos meios que entenderam), e que junta uma trupe sortida que vai da extrema-direita à extrema-esquerda, julguei por momentos que já estivesse claro que ninguém desta gente tem uma única ideia para cortar na despesa e que fosse ainda mais claro que com este tipo de “inimigo declarado” o governo só podia ir na direcção certa. Engano meu. Tirando alguns articulistas que ainda tentam apelar à razão, a campanha montada a favor do imobilismo é brilhante.



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Quinta-feira, 10 de Janeiro de 2013

 

Em menos de nada, BE, PCP, PS, PEV, CGTP, UGT, PSP, Forças Armadas, Médicos, Juízes, Comissões de Utentes, CAP, FNE, FENPROF, ex-dirigentes, ex-políticos, o pai do SNS, comentadores vários e jornalistas sortidos, insurgiram-se contra o relatório do FMI. Sabendo que o relatório é apenas um relatório sobre um estudo/proposta, sem carácter vinculativo e de todo não definitivo, não se entende bem o que pretende esta gente para além de promover a gritaria do costume contra qualquer coisa que se mexa. Entretanto, por coincidência ou talvez não, nenhuma destas luminárias foi capaz de apresentar propostas que visem combater o cancro em que se transformou um Estado de todo insustentável. Tudo isto, e com o debate inquinado logo à partida, deixa-nos duas hipóteses: ou esta gente só quer o aproveitamento político que medidas impopulares naturalmente provocam (salivando perante a presa), ou esta gente julga que está tudo bem na Disneylândia (e que o Estado não entrou em bancarrota por três vezes nos últimos 34 anos).

Independentemente da hipótese escolhida, louvemos o modo como tudo se clarifica: enquanto que uns preferem tentar levantar a cabeça, e assim encontrar uma solução, outros preferem manter essa mesma cabeça enterrada na areia, e assim evitar qualquer solução. Perante este memorável cenário, é-me impossível não estar com os primeiros.

 



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Quarta-feira, 9 de Janeiro de 2013

 

Do estudo divulgado hoje, já se perceberam três ou quatro coisas importantes:
1- A celeuma levantada por um simples estudo sem nenhum carácter vinculativo, diz bem da ficção em que vivemos, já que assumimos que tudo o que nos relatam é um dado adquirido;
2- Pelo delírio produzido e difundido, também já se percebeu que independentemente das propostas que sejam feitas, será manifestamente impossível cortar 4 mil milhões de euros no que quer que seja – mesmo que a proposta final do governo venha a ser bem mais leve que esta que foi apresentada;
3- Dos que já comentaram o estudo e exigiram explicações ao governo, menos de 1% leu efectivamente o estudo, que está em inglês e tem 76 páginas;
4- Dos que já comentaram o estudo e exigiram explicações ao Governo, 90% concorda com a ideia de que o Estado precisa de poupar e de se "refundar", mas só concorda com esta ideia se o Estado poupar e se "refundar", gastando mais dinheiro ou mantendo tudo exactamente como está.



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A deputada que ninguém conhecia tornou-se conhecida do dia para a noite. Ou da madrugada para o dia, se preferirmos esta outra perspectiva. Contudo, o que a senhora deputada faz na sua vida privada, bem longe do seu normal exercício de funções, só a ela diz respeito. Contudo, se cometeu um crime, ou se cometeu alguma ilegalidade, deve ser punida dentro do enquadramento legal vigente, sem tirar nem pôr, e sem daí tirar qualquer benefício (pela sua função) ou desvantagem (igualmente pela sua função). No resto, não adianta entrar em moralismos idiotas e muito menos em linchamentos públicos. Quem nunca errou que atire a primeira pedra. Ponto final.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 12:11 | link do post | comentar

 

Num país habituado ao respeitinho e a um modo de viver sem grandes ondas e agitações, qualquer um que excite as águas é visto como um louco potencial, “insensato” e “irresponsável”. Não espanta que certas coisas sigam o seu percurso natural: alguém dispara, alguém responde, e no fim tudo fica na mesma, com mais ou menos acusações. Esta tendência periclitante denoda, na perfeição, um retrato do que é o nosso país: habituamo-nos a identificar os problemas e, estranhamente, habituamo-nos a nada fazer pelas soluções.

Como o próprio exemplo em si personifica, onde vigorar a espantosa lei do indígena, em tempo algum o Dr. António Ferreira conseguirá dispensar os 20% de recursos humanos que ele garante que estão a mais. E em tempo algum, também, a Sra. Carla Ferreira (não sei se são família) terá qualquer razão para se preocupar com uma potencial dispensa, que é impossível de concretizar pelo simples facto dos direitos adquiridos viverem do bolso do contribuinte. Aliás, o modesto contribuinte, como se depreende, ainda deve fazer uma vénia e agradecer precisamente por pagar mais quando podia pagar menos e ter igual.

Se dúvidas houvesse de que continuamos a gastar mais do que a média da OCDE com a saúde (sem ter melhores resultados), bastaria analisar a lista de cirurgias e de consultas realizadas pelo privado e pelo púbico para se perceber como funciona este mundo. Mas como poucos gostam da realidade, a maioria prefere o refúgio da sua alternativa, que é como quem diz, a maioria prefere manter tudo como está, que é como quem diz ainda, prefere manter tudo nas costas do contribuinte. E se, na verdade, em Portugal o desperdício é tanto neste sector que nos coloca, harmonizados pelo custo de vida, a gastar mais do que a Suécia, a Noruega e a Dinamarca, também é verdade que não sendo nem suecos, nem noruegueses, nem dinamarqueses, os portugueses insistem em não se adaptar ao que têm, optando por prosseguir vivendo com o que não têm. No fim das contas, com crise ou sem ela, com austeridade ou sem ela, com dinheiro ou sem ele, a lição é sublime: nada muda, tudo se transforma. E o dinheiro cai do céu.



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Terça-feira, 8 de Janeiro de 2013

Um dia, Edmund Burke disse: "Um Estado é o resultado de uma parceria não só entre os que estão vivos, mas entre os que estão vivos, os que já morreram e os que ainda não nasceram". Como se vê, ir aos clássicos serve-nos muitas vezes, e assim de enfiada, para reflectir sobre o nosso passado, para pensar sobre o nosso presente e para projectar o nosso futuro. Devemos isso a nós próprios.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 16:35 | link do post | comentar

Segunda-feira, 7 de Janeiro de 2013

Em 2011, 57% dos agregados portugueses não liquidava IRS e os que ganhavam mais de 50 mil euros anos (14% do número total de agregados) contribuíam com 62% da receita, enquanto que os que ganhavam mais de 100 mil euros/ano (3% dos agregados) eram responsáveis por 28% desse mesma receita. Perante este cenário, é falacioso acusar este governo de liberal, olhando para certas notícias que pormenorizam a injustiça de muitas situações. Com um Estado gordo e insustentável, só há, pelos vistos, um remédio: ir buscar dinheiro aos que ganham acima da média e às empresas que geram valor, com todas as consequências conhecidas, mas que nos são impostas. Os socialistas, que vociferam contra o mundo que eles próprios criaram, deviam estar contentes e não furiosos. Afinal, a suposta direita (?) aplica a receita que o socialismo defende (o que inclui o Dr. Soares e as duas vezes em que ele esteve sob a alçada do FMI), mesmo que momentaneamente esse mesmo socialismo de pacotilha disfarce a coisa com o suposto milagre do crescimento económico que, por estranheza, não quantifica, não explica e muito menos demonstra.

Presumo que as sondagens envaideçam o Dr. Seguro e os seus apaniguados, mas a política (ainda?) é uma maratona e não uma corrida de 100 metros. Presumo também que para as soluções imediatas e fáceis já bastaram 15 anos (estou a ser simpático) de acelerada degradação. Presumo tudo isto. Mas na verdade, num país tão estranho como este, já pouco deve espantar.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 13:22 | link do post | comentar

Quinta-feira, 3 de Janeiro de 2013

 

O ano começa periclitante, num período que temos como decisivo. Como se acalentava, o Prof. Cavaco enviou as suas dúvidas para o Tribunal Constitucional, sinal de que as suas dúvidas só existem quando o Governo se propõe cortar despesas e não quando o Governo se propõe endireitar as coisas, que é coisa que, como se vê, é difícil de fazer por manifesta impossibilidade teórica, histórica e cultural. Entretanto, a campanha pelo crescimento económico (que pelos vistos só o governo não deseja) continua, como se crescer economicamente fosse algo feito por obra de um acaso ou por decreto-legislativo ou ainda continuando o regabofe que quase nos fez ficar sem pensões e salários em Maio de 2011. Vale que o Dr. Seguro, um socialista com evidente amnésia, incentiva uma festa pré-eleitoral, agora que lhe cheirou o poder, prometendo um mundo que não pode dar e um sonho que não pode perseguir, e demonstrando cristalinamente a triste alternativa que é, uma particularidade do socialismo morto. Claro está ainda, que a opinião generalizada é que a Europa tem de resolver o assunto (ou os nossos assuntos), que é o mesmo que dizer, comprar dívida, injectar dinheiro e promover verdadeira solidariedade entre ricos e pobres, ou seja, fazer os ricos do norte pagar as diatribes dos pobres do sul, ao mesmo tempo que mantemos a audácia de nos mantermos imóveis e esperando que o Governo mendigue melhores condições, menos juros e até perdões. A ruína instituída que tornará 2012 provavelmente num ano de saudade, não abranda, é certo, mas ninguém quer saber do assunto, a não ser do assunto que tenha que ver com o seu umbigo, orifício que se recusa perder. Por certo, é mais fácil abanar para deixar tudo na mesma, do que tentar abanar para não deixar nada na mesma. Com os três últimos primeiros-ministros ausentes do país e fugidos, alguns deles, em parte incerta, sobrou o que sobrou, com a legitimidade conferida pelas urnas de voto. Olhem bem para trás: os três últimos à primeira oportunidade ou fugiram ou foram corridos. Não devemos ter muito mais oportunidades. Agarremo-nos ao que há, antes que seja tarde. Devemos isso a todos os que ainda não votam e a todos os que ainda estão por vir. 



publicado por Bruno Miguel Macedo às 11:14 | link do post | comentar

Com tanto sábio e teórico a escrever em jornais e a falar em televisão, apenas uma dúvida permanece por esclarecer: como foi possível, à gloriosa pátria indígena, perante tanta ilustre sapiência e certeza, chegar ao ponto a que chegou?



publicado por Bruno Miguel Macedo às 10:45 | link do post | comentar

Ronaldo é melhor do que Messi? Ronaldo vai renovar? Ronaldo vai sair do Real Madrid? Ronaldo vai para o Manchester United? Ronaldo vai para o Manchester City? Ronaldo vai para o PSG? 15 milhões de euros limpos e por época chegam a Ronaldo? Quantas horas esteve Ronaldo na Madeira? O que comeu Ronaldo? Como veio Ronaldo? Com quem veio Ronaldo? Onde ficou Ronaldo? Quantas vezes Ronaldo foi à casa-de-banho? Ronaldo está triste? Ronaldo está feliz? Ronaldo está assim-assim? O bolo do caco e as lapas que Ronaldo comeu estavam bons? E a espetada? Quem privou com Ronaldo? Quantos seguranças reforçaram o empreendimento onde estava Ronaldo? Quanto pagou Ronaldo? Como pagou Ronaldo? Qual era o número do quarto de Ronaldo? Que música ouviu Ronaldo? Quem pôs a música para Ronaldo dançar? Que género de música ouviu Ronaldo? Ronaldo estava de fato ou de smoking? De que cor era a gravata de Ronaldo? Condizia com a camisa? Quantos beijos deu Ronaldo na Irina? E na mãe? Quantos anos fazia a mãe de Ronaldo? Até que horas ficou Ronaldo na festa? Ronaldo já está em Madrid? Ronaldo foi treinar? Ronaldo falou a sós com Mourinho? Ronaldo apoia Mourinho? Ronaldo gosta de Mourinho? Ainda há paciência?



publicado por Bruno Miguel Macedo às 10:09 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Quarta-feira, 2 de Janeiro de 2013

Em 2010, Portugal tinha em todos os níveis de ensino (da 1ª classe ao 12º ano) 9 alunos por cada professor, contra um valor mediano de 12 alunos por professor no espaço da Zona Euro. As maiores diferenças contudo registavam-se no 10º, 11º e 12º anos onde tínhamos 7 alunos por cada professor contra os 12 alunos por professor que se registavam na mesma Zona Euro. Os números, apesar de menores, também elucidavam sobre a situação entre a 1ª e a 4ª classe: 11 alunos por professor contra 14 alunos por professor na Zona Euro. Olhando para estes números podíamos pensar que tínhamos então muito poucos alunos por turma, o que justificaria este rácio tão elevado entre nº de alunos/professor. Mas não. Curiosamente, Portugal, da 1ª à 4ª classe, tinha 21 alunos por turma contra 20 alunos por turma da Zona Euro e do 7º ao 9º ano tinha 22 alunos por turma contra 21.

Olhando com frieza para isto, nada nos custa perceber que por muito que barafustem, não vamos lá com ideias irreais e com exigência absurdas. O Prof. Mário Nogueira, eterno líder sindical, devia descer, com humildade, do pedestal onde airosamente perora sobre uma realidade que não conhece. Ou que, se sempre a conhece, julga que não mudou.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 12:12 | link do post | comentar

Como de costume, 12 ou 13 minutos de conversa do Presidente da República vão dar horas e horas de interpretações e de infindáveis debates feitos por “comentadeiros” e por especialistas dessa estranha arte que se dedica à análise da nossa política doméstica. Meus caros: a realidade não muda por obra e graça de uma mudança de ano ou por obra e graça de umas palavrinhas de ocasião com as suas mil e uma diferentes traduções. E tão cedo, acreditem, não vai mudar. Concentremo-nos, portanto, no essencial.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 11:34 | link do post | comentar

Publius Cornelius Tacitus
To ravage, to slaughter, to usurp under false titles, they call empire; and where they made a desert, they call it peace.
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