1- Os ricos não brincam com a educação dos seus petizes. O que mais se vê, nomeadamente no 1º ciclo, é a enorme diferença entre a escola privada e a escola pública. Contudo, isso também se nota nos restantes níveis de ensino.
2- A suposta inclusão que se defende na escola pública, é uma falácia. Porquê? Porque a escola pública inclui, excluindo. Ou excluindo-se da maioria dos melhores que fogem para as privadas, desde que as possam pagar.
3- Mais: são os próprios rankings que agora permitem identificar quais as escolas a evitar. E ainda bem. Só não as evita, quem não pode. E quem é que não pode? As classes mais baixas, porque não têm qualquer possibilidade de escolha no actual contexto, situação apenas defendida por aqueles que enchem a boca de igualdade e de inclusão.
4- O conceito de igualdade é também um enorme equívoco promovido pela educação. Os que defendem a escola pública, julgam que a igualdade de oportunidades ajuda a preencher as lacunas do sistema e da sociedade. Esta premissa é falsa. Não só não preenche, como gera desigualdades acrescidas. Mas como não há liberdade de escolha para todos (o que seria mais fácil do que pregar uma igualdade inexistente), as classes desfavorecidas ficam com o que há; as classes favorecidas fazem como querem.
5- A esquerda continua a agitar a bandeira da inclusão como garantia de uma escola pública para todos. Nada tenho contra. Cada um entretém-se com o que quer. Mas convinha olhar para os resultados que cavam fossos cada vez maiores entre público e privado e olhar para as próprias elites ditas de esquerda que colocam os filhos, não na escola pública de que tanto gostam, mas na escola privada, onde agravam a desigualdade que dizem combater.
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