Quarta-feira, 6 de Abril de 2011

 

Há uma certa ideia de que a primeira campanha presidencial de Obama incidiu acima de tudo na exploração das novas tecnologias da informação e da comunicação. De facto, foi a Internet que garantiu a Obama, por exemplo, boa parte dos donativos sempre necessários às campanhas americanas e o recrutamento de milhares de voluntários que deram o corpo ao seu manifesto.

 

Mas é singular que apesar de toda a panóplia de meios técnicos ao seu dispor – blogues, facebook, youtube, sites de campanha, twitter, fóruns de discussão, etc – o grosso dos recursos angariados via meios tecnológicos tenha sido canalizado para as formas mais tradicionais de caça ao voto: o dinheiro, essencialmente para comprar anúncios televisivos acoplados aos programas de maior audiência das grandes cadeias americanas; e os voluntários, para o cara-a-cara junto dos potenciais eleitores.

 

Obama iniciou entretanto uma nova campanha, esta de recandidatura, através de uma transmissão no Youtube. Prevê-se que venha a ter disponível qualquer coisa como mil milhões de dólares para gastar numa campanha que só terminará algures no fim de 2012.

 

Mas não se pense que este arranque feito num vídeo na internet irá mudar o essencial da sua estratégia. Andar na rede é importante e tendencialmente oportuno porque muito do novo activismo político tem ali nichos interessantes e porque é ali que se vai buscar parte dos fundos. Mas continuarão a ser os meios tradicionais, e aqui a televisão acima de tudo, a ficar com a maior fatia do bolo. Porque a televisão é cara, mas chega a todas as classes.



publicado por Bruno Miguel Macedo às 18:24 | link do post | comentar

Publius Cornelius Tacitus
To ravage, to slaughter, to usurp under false titles, they call empire; and where they made a desert, they call it peace.
Outubro 2017
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9
10
11
12
13
14

15
17
18
19
20
21

22
23
24
25
26
27
28

29
30
31


posts recentes

Os incêndios que matam pe...

A síndrome socialista

Soltar os cães

Um argumento

Regressando

Um papel

A cartilha

Prometeu

Um ou dois milagres

Uma nomeação

arquivos

Outubro 2017

Junho 2017

Março 2017

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Maio 2015

Abril 2015

Setembro 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

tags

anáfora

antonomásia

benevolentes

blanchett

bloco

cate

charme

dench

djisselbloem

eufemismo

eurogrupo

guerra

gwyneth

helen

jonathan

judi

littell

metáfora

mirren

paltrow

perífrase

porto

prosopeia

renda

sela

socialismo

twitter

ward

todas as tags

links
blogs SAPO
subscrever feeds