Hoje, há 69 anos, teve início a Operação Úrano. Os soviéticos movimentaram nesse dia um milhão de homens, 13500 peças de artilharia, 1400 tanques e 1115 aviões, cercando em quatro dias o 6º Exército (330 mil homens) de von Paulus e criando o célebre “këssel” (caldeirão) de Estalinegrado. À fome, ao frio e atingido pelas doenças (disenteria e tifo, essencialmente), e impossibilitados de ser convenientemente reforçados e abastecidos pela Luftwaffe de Göring e confinados a uma área de 50 por 40 km, Paulus (promovido a Marechal de Campo pouco tempo antes, porque nunca um Marechal de Campo prussiano se havia rendido) e 92 mil sobreviventes do 6º Exército renderam-se em Janeiro do ano seguinte. Nem 10% regressariam vivos a casa depois da guerra terminar. Esta operação mudou a face da guerra e a sua frente oriental: dois anos e meio depois, o Exército Vermelho estava em Berlim, a 2200 km de distância de Estalinegrado. Pelo meio, a Alemanha Nazi foi invadida por 10 milhões de soldados soviéticos que só nos primeiros meses violaram qualquer coisa como 2 milhões de mulheres, incluindo compatriotas suas entretanto libertadas dos campos. A Operação Úrano começou às 7h20 da manhã e, dizem, fez a terra tremer a 50 quilómetros de distância.
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