O Público informa-me que ontem fez 38 anos que o primeiro livrinho de cima foi publicado em França. O seu autor chama-se Alexandre Soljenitsine e foi um conhecido dissidente soviético que viveu, por experiência própria, o inferno do Gulag, os conhecidos campos de concentração soviéticos responsáveis por milhões de mortos. Mostrar o que os grandes escritores representam é fundamental. Mas mais fundamental ainda é todos percebermos que certos relatos entram-nos na espinha e provocam verdadeiros arrepios. Porque aquilo que ali está não é ficção. É a realidade nua a crua de variados infernos que o engenho e a maldade humana criaram na terra. E no dia em que deixarmos de ter memória, e preferirmos voltar a passar pelas experiências que afirmamos não querer nunca mais, então é sinal de que estamos prontos para nova carnificina.
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