Qualquer solução para o país ou para a Região, passará sempre por haver menos governo na vida das pessoas, e não por mais governo na vida das pessoas. E ainda que se fale em melhor governo no pressuposto de que isso significa uma redução do seu peso estrutural (ainda que não veja ninguém a falar realmente nisto), tal não é suficiente porque, como muito bem dizia Mencken, bastas vezes os que se propõem salvar a humanidade, são aqueles que não disfarçam a sua vontade em querer governá-la. Posto isto:
1- O Estado resulta de uma associação entre os que já viveram, os que vivem e os que ainda vão viver;
2- Cada euro gasto pelo Estado é um euro tirado aos cidadãos e às empresas;
3- A dívida não é uma variável menosprezável porque tem uma correlação directa com a liberdade. Ou seja, quanto mais dívida acumulamos, menos liberdade temos. Isto aplica-se às empresas, às pessoas ou ao próprio Estado.
4- A dívida também tem efeitos de longo prazo. Pode excepcionalmente não coarctar a liberdade dos que vivem no presente, mas certamente coarctará a liberdade dos que viverão no futuro.
5- A liberdade é o nosso valor mais precioso.
6- A ideologia dominante limita-se, muitas vezes, a derramar dinheiro sobre os problemas. Quando isso não resolve, ela limita-se a derramar ainda mais dinheiro.
7- Logo, o problema não é do liberalismo no seu sentido clássico, é da visão que a grande maioria dos políticos tem de que cabe ao Estado resolver e intervir em todos os problemas, utilizando o dinheiro que é de todos em nome das suas utopias e visões.
8- Um Estado regulador é bastante diferente de um Estado interventor e impositivo. A fúria legislativa em exibição prova essa diferença.